Mineira de 14 anos é destaque da Seleção Brasileira de Escalada Esportiva

Esportes
A escalada esportiva estreou como esporte olímpico nos Jogos de Tóquio’2020. De lá para cá, o esporte vem ganhando espaço e se popularizando no cenário competitivo brasileiro e mundial. De olho em Paris’2024, a Seleção Brasileira tem se preparado para as competições internacionais e, de degrau em degrau, os caminhos a trouxeram até Belo Horizonte.
Sob a orientação de seu treinador, Arthur Gaspari, a equipe esteve na capital mineira nessa quinta-feira (6/4) e sexta (7), para treinamento e simulação de competição, como parte da preparação para a Copa do Mundo de Escalada.

“Dois motivos nos levaram a escolher BH: primeiro, porque aqui nós temos uma ótima estrutura para os padrões Brasil, que é o ginásio Rokaz. Segundo, duas das nossas atletas mais importantes são da cidade”, disse Gaspari. 

Com participação confirmada na etapa dos Estados Unidos da Copa do Mundo de Escalada, Laura Timo, de 14 anos, é uma das representantes mineiras na Seleção. Treinada em BH por Jean Ouriques, ela é considerada uma das atletas brasileiras mais promissoras da modalidade. 
Laura foi destaque no Boulder no Mundial Juvenil de 2022, quase avançando para a semifinal da modalidade – foi a 24ª em 20 vagas. Mesmo sem a classificação o resultado foi um salto em relação a competição anterior, quando ela terminou em 34º na mesma modalidade e categoria.

A boa participação rendeu a Laura o posto de melhor atleta sul-americana da competição e a quinta melhor pan-americana. 

Patricia Antunes, de 37, é outra que leva a bandeira de Minas para as competições de escalada ao redor do mundo. Ela ocupa a terceira posição do ranking nacional combinado (guiada + boulder) e foi vice-campeã do Campeonato Brasileiro de Escalada’2022. 

Paris é logo ali

Criada oficialmente em 2018, a Seleção Brasileira de Escalada Esportiva não participou dos Jogos Olímpicos de Tóquio, mas Arthur Gaspari visa a classificação para Paris’2024. 

“Estamos esperançosos. Está havendo uma série de investimentos, e os atletas estão sendo preparados para ter bons resultados nos jogos Pan-Americanos”, contou o treinador. 
Disputado no segundo semestre deste ano, em Santiago, no Chile, o Pan distribuirá vagas diretas de Escalada Esportiva para a próxima edição dos Jogos Olímpicos. Dividido em duas categorias, velocidade e bloco/dificuldade, os campeões por gênero de cada modalidade garantem vaga. Cada país terá dois representantes por gênero. 
“A nossa grande chance de classificação é conseguir uma vitória no Pan-Americano ou estarmos muito bem classificados”, contou Gaspari. “Existem três formas de conseguir uma vaga olímpica. Uma é no Campeonato Mundial, que vai ser neste ano, em Berna, na Suíça. Outra é pelo qualifier, que é uma série de competições no começo do ano que vem. E a terceira é sendo campeão continental.” 
Apesar da evolução do Brasil na modalidade, vencer um campeonato continental ainda parece distante, mas o país tem outras chances de classificação para os Jogos de Paris, conta o treinador.

“Ser campeão continental hoje, para um brasileiro, é tarefa muito difícil. Os Estados Unidos estão em outro nível. Mas existem grandes chances de eles conquistarem vaga no Mundial de 2023. Então, mesmo que no pódio do Pan-Americano a gente tenha um ou dois americanos na nossa frente, se estivermos em terceiro lugar, ainda temos chances”, disse Gaspari,

“Nossas fichas estão sendo todas colocadas em bom desempenho nos Jogos Pan-Americanos para corrermos atrás de uma vaga olímpica”, afirmou o treinador. 

Copa do Mundo

Com o calendário fechado em 2023, a Seleção Brasileira começa a escalar seus primeiros blocos do ano. A primeira etapa da Copa do Mundo será disputada entre 21 e 23 de abril, no Japão. Felipe Ho, Rodrigo Hanada, Anja Kohler e Bianca Castro serão os representantes do país.

A mineira Laura Timo estreia na competição na etapa de Salt Lake City, nos Estados Unidos, em maio. 

“É um objetivo da nossa Seleção conseguir passar para uma semifinal na Copa do Mundo. Nenhum brasileiro faz uma semifinal de Copa há mais de uma década”, destacou Arthur.
No calendário Olímpico desde 2020, a escalada esportiva no Brasil passou por reformulações nos últimos anos. Em 2018, a Associação Brasileira de Escalada Esportiva (ABEE), fundada quatro anos antes, foi reconhecida pelo Comitê Olímpico Brasileiro e passou a receber fundos e melhorias de estrutura. 
Para Gaspari, o Brasil pode deslanchar no cenário mundial da escalada, mas ainda há problemas a serem resolvidos: “O Brasil tem um grande potencial, um grande desempenho nos eventos internacionais, tanto pela grande unidade do nosso país, quanto pela característica da população. O que ainda é um problema é que somos carentes de estrutura e massificação do nosso esporte. O Brasil ainda está atrás do ponto de vista de estrutura da modalidade”. 
Pensando nessas dificuldades, a ABEE criou um projeto de incentivo ao esporte, afirma. “É um projeto de financiamento de equipes de base. Em 2023, a associação está patrocinando 11 treinadores ao redor do país. Com o projeto, a ABEE deseja oferecer o melhor processo de treinamento e preparação para os times de base, para que possa aumentar as nossas chances de um desempenho importante no cenário internacional.”

A escalada esportiva estreou como esporte olímpico nos Jogos de Tóquio’2020. De lá para cá, o esporte vem ganhando espaço e se popularizando no cenário competitivo brasileiro e mundial. De olho em Paris’2024, a Seleção Brasileira tem se preparado para as competições internacionais e, de degrau em degrau, os caminhos a trouxeram até Belo Horizonte.Sob a orientação de seu treinador, Arthur Gaspari, a equipe esteve na capital mineira nessa quinta-feira (6/4) e sexta (7), para treinamento e simulação de competição, como parte da preparação para a Copa do Mundo de Escalada.”Dois motivos nos levaram a escolher BH: primeiro, porque aqui nós temos uma ótima estrutura para os padrões Brasil, que é o ginásio Rokaz. Segundo, duas das nossas atletas mais importantes são da cidade”, disse Gaspari. Com participação confirmada na etapa dos Estados Unidos da Copa do Mundo de Escalada, Laura Timo, de 14 anos, é uma das representantes mineiras na Seleção. Treinada em BH por Jean Ouriques, ela é considerada uma das atletas brasileiras mais promissoras da modalidade. Laura foi destaque no Boulder no Mundial Juvenil de 2022, quase avançando para a semifinal da modalidade – foi a 24ª em 20 vagas. Mesmo sem a classificação o resultado foi um salto em relação a competição anterior, quando ela terminou em 34º na mesma modalidade e categoria. A boa participação rendeu a Laura o posto de melhor atleta sul-americana da competição e a quinta melhor pan-americana. Patricia Antunes, de 37, é outra que leva a bandeira de Minas para as competições de escalada ao redor do mundo. Ela ocupa a terceira posição do ranking nacional combinado (guiada + boulder) e foi vice-campeã do Campeonato Brasileiro de Escalada’2022. Paris é logo aliCriada oficialmente em 2018, a Seleção Brasileira de Escalada Esportiva não participou dos Jogos Olímpicos de Tóquio, mas Arthur Gaspari visa a classificação para Paris’2024. “Estamos esperançosos. Está havendo uma série de investimentos, e os atletas estão sendo preparados para ter bons resultados nos jogos Pan-Americanos”, contou o treinador. Disputado no segundo semestre deste ano, em Santiago, no Chile, o Pan distribuirá vagas diretas de Escalada Esportiva para a próxima edição dos Jogos Olímpicos. Dividido em duas categorias, velocidade e bloco/dificuldade, os campeões por gênero de cada modalidade garantem vaga. Cada país terá dois representantes por gênero. “A nossa grande chance de classificação é conseguir uma vitória no Pan-Americano ou estarmos muito bem classificados”, contou Gaspari. “Existem três formas de conseguir uma vaga olímpica. Uma é no Campeonato Mundial, que vai ser neste ano, em Berna, na Suíça. Outra é pelo qualifier, que é uma série de competições no começo do ano que vem. E a terceira é sendo campeão continental.” Apesar da evolução do Brasil na modalidade, vencer um campeonato continental ainda parece distante, mas o país tem outras chances de classificação para os Jogos de Paris, conta o treinador.”Ser campeão continental hoje, para um brasileiro, é tarefa muito difícil. Os Estados Unidos estão em outro nível. Mas existem grandes chances de eles conquistarem vaga no Mundial de 2023. Então, mesmo que no pódio do Pan-Americano a gente tenha um ou dois americanos na nossa frente, se estivermos em terceiro lugar, ainda temos chances”, disse Gaspari,”Nossas fichas estão sendo todas colocadas em bom desempenho nos Jogos Pan-Americanos para corrermos atrás de uma vaga olímpica”, afirmou o treinador. Copa do MundoCom o calendário fechado em 2023, a Seleção Brasileira começa a escalar seus primeiros blocos do ano. A primeira etapa da Copa do Mundo será disputada entre 21 e 23 de abril, no Japão. Felipe Ho, Rodrigo Hanada, Anja Kohler e Bianca Castro serão os representantes do país. A mineira Laura Timo estreia na competição na etapa de Salt Lake City, nos Estados Unidos, em maio. “É um objetivo da nossa Seleção conseguir passar para uma semifinal na Copa do Mundo. Nenhum brasileiro faz uma semifinal de Copa há mais de uma década”, destacou Arthur.No calendário Olímpico desde 2020, a escalada esportiva no Brasil passou por reformulações nos últimos anos. Em 2018, a Associação Brasileira de Escalada Esportiva (ABEE), fundada quatro anos antes, foi reconhecida pelo Comitê Olímpico Brasileiro e passou a receber fundos e melhorias de estrutura. Para Gaspari, o Brasil pode deslanchar no cenário mundial da escalada, mas ainda há problemas a serem resolvidos: “O Brasil tem um grande potencial, um grande desempenho nos eventos internacionais, tanto pela grande unidade do nosso país, quanto pela característica da população. O que ainda é um problema é que somos carentes de estrutura e massificação do nosso esporte. O Brasil ainda está atrás do ponto de vista de estrutura da modalidade”. Pensando nessas dificuldades, a ABEE criou um projeto de incentivo ao esporte, afirma. “É um projeto de financiamento de equipes de base. Em 2023, a associação está patrocinando 11 treinadores ao redor do país. Com o projeto, a ABEE deseja oferecer o melhor processo de treinamento e preparação para os times de base, para que possa aumentar as nossas chances de um desempenho importante no cenário internacional.” Read More Mais Esportes Mais Esportes 

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