Brasileira é encontrada morta em rodovia dos EUA e família faz vaquinha para trazer o corpo

Economia

Uma mulher brasileira foi encontra morta no canteiro de uma rodovia que passa pela área rural do Condado de Washtenaw, na região de Detroit, em Michigan, nos Estados Unidos. O caso aconteceu no dia 30 de junho, mas veio à tona esta semana, após a família de Suzan Ferreira criar uma vaquinha para poder trazer o corpo de volta ao Brasil. Os custos para isso seriam em torno de R$ 100 mil.

“Suzan estava nos Estados Unidos quando sua vida foi interrompida de forma cruel e abrupta. Após sete dias desaparecida, ela foi encontrada sem vida em uma área rural dos EUA”, escreveu a criadora da vaquinha, Roberta Ferreira.

“Como os custos para trazer o corpo são altos e nossa família não dispõe desses recursos, pedimos gentilmente sua colaboração para que possamos dar um último adeus à nossa querida irmã”, completou.

Até a tarde desta segunda, 8, a família já tinha arrecadado em torno de R$ 15 mil. As informações sobre doações podem ser visualizadas aqui.

Conforme a imprensa americana, a polícia de Detroit recebeu uma denúncia de que havia um cadáver na região. “Eles localizaram o corpo de uma mulher ao longo da Earhart Road, ao norte da 6 Mile Road”, escreveu o site CBS News.

A polícia investiga, desde então, junto ao Laboratório Criminal da Polícia do Estado de Michigan e o Gabinete do Examinador Médico do Condado de Washtenaw, as causas da morte.

O Estadão entrou em contato com o Departamento de Polícia de Detroit para saber mais informações, mas ainda não recebeu retorno.

Itamaraty diz prestar apoio, mas custos com o corpo são responsabilidade da família

Procurado, o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) disse que “por meio do Consulado-Geral do Brasil em Chicago, tem conhecimento do caso e está em contato com as autoridades locais e com os familiares da cidadã brasileira, para prestar a assistência consular cabível”.

O ministério informou, no entanto, que em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, as Embaixadas e Consulados brasileiros podem prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com o governo local e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito, mas não são responsáveis pelo custeio do trânsito do corpo.

“O traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos, à luz do § 1º do artigo 257 do decreto 9.199/2017”, afirma a pasta.

A reportagem não conseguiu contato com a família de Suzan até o momento da publicação.

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