Cuba enfrenta uma grave crise energética desde sexta-feira, quando uma falha na usina termoelétrica de Guiteras, uma das maiores do país, levou ao desligamento do sistema elétrico. A situação se agravou no contexto de uma “emergência energética” declarada pelo presidente Miguel Díaz-Canel, que atribuiu as dificuldades à escassez de combustível para alimentar as centrais, resultado do endurecimento do embargo imposto pelos Estados Unidos desde 1962.
No domingo, algumas regiões da ilha tiveram breves períodos de fornecimento de eletricidade, mas o sistema voltou a colapsar. Nesta segunda-feira, o Ministério da Energia e Minas de Cuba confirmou a terceira interrupção completa do Sistema Elétrico Nacional em menos de três dias. O ministro Vicente de la O Levy afirmou que o governo espera restabelecer o serviço “entre a manhã e a noite de segunda-feira” para a maioria dos cubanos.
A crise energética foi intensificada pela passagem da tempestade tropical Oscar, que atingiu o leste de Cuba como um furacão de categoria 1, provocando novas falhas no fornecimento de energia. A população vem enfrentando cortes cada vez mais frequentes nos últimos três meses, com um déficit energético nacional de aproximadamente 30%. Na última quinta-feira, esse índice chegou a alarmantes 50%, deixando boa parte do país no escuro.
As autoridades trabalham para reparar os danos e restabelecer o serviço, mas a situação continua incerta, com os cubanos vivendo sob a constante ameaça de novos apagões e uma infraestrutura energética em colapso.
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