Mulher é ilibada mais de 40 anos depois de ser condenada a perpétua

Economia

Uma mulher, natural do estado norte-americano do Missouri, foi condenada a prisão perpétua por um crime de homicídio ocorrido em 1980. Agora, mais de 40 anos depois, viu a sua sentença ser anulada após um juiz ter considerado que havia provas “claras e convincentes” da sua inocência.

Sandra Hemme, de 63 anos, foi condenada pela morte de Patricia Jeschke, funcionária de uma biblioteca em St. Joseph, no Missouri. Na época do suposto crime, a mulher era doente psiquiátrica e incriminou-se a si própria em declarações à polícia.

Na sexta-feira, o juiz do condado de Livingston, Ryan Horsman, afirmou que as “provas ligam diretamente” o homicídio de Jeschke a um agente da polícia local, que foi preso mais tarde por um outro crime e morreu entretanto.

O corpo da bibliotecária foi encontrado rodeado de sangue, pela própria mãe, que decidiu entrar pela janela do seu apartamento após não ter notícias dela, em 13 de novembro de 1980. A vítima tinha as mãos atadas atrás das costas com um fio de telefone e um par de meia-calça enrolado à volta da garganta. O caso chocou os Estados Unidos. 

Segundo a Sky News, Sandra Hemme é a mulher norte-americana que esteve presa injustamente pelo maior período de tempo na história dos Estados Unidos. O juiz ordenou a libertação da mulher num prazo máximo de 30 dias, mas os seus advogados pediram que fosse libertada imediatamente. 

“Estamos gratos ao Tribunal por ter reconhecido a grave injustiça que a Sra. Hemme sofreu durante mais de quatro décadas”, afirmaram os advogados. 

Numa petição entregue em tribunal, os advogados afirmaram que a suspeita, na época com 20 anos, estava sedada de tal maneira que “não conseguia manter a cabeça direita” ou “articular nada para além de respostas monossilábicas” quando foi interrogada pela primeira vez sobre a morte.

Acusaram ainda as autoridades de terem ignorado as declarações “extremamente contraditórias” e descartado as provas que implicavam Michael Holman, um agente da polícia de 22 anos que tentou utilizar o cartão de crédito da vítima no dia em que o corpo foi encontrado. 

“Este Tribunal considera que as provas ligam diretamente Holman a este crime e ao local do homicídio”, afirmou o juiz, frisando que “nenhuma prova, além das declarações pouco fiáveis da Sra. Hemme, a liga ao crime”.

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