Veja como o Santos chegou à última rodada do Brasileiro com risco de cair para a Série B

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Santos chega à última rodada do Brasileirão correndo risco de cair
CARLOS PEREYRA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO – 3/12/2023

No primeiro ano após a morte de Pelé, o Santos faz uma temporada que envergonha o legado do Rei. Pela terceira vez consecutiva, o time brigou para não cair no Paulistão e não se classificou para as finais do torneio. Além de ter sido eliminado precocemente na Copa do Brasil e Sul-Americana. No Campeonato Brasileiro, também pelo terceiro ano seguido, o Peixe luta contra uma inédita queda para a Série B. 

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Entre poucos acertos e inúmeros erros, a expectativa era que a terceira temporada sob o comando do presidente Andres Rueda fosse diferente, com um time que, pelo menos, brigasse por algo maior do que contra a queda. Não foi o que aconteceu.​

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Mas o que o Santos fez de tão errado para chegar à última rodada precisando vencer o Fortaleza para escapar da Série B?

Montagem de elenco desequilibrada

Ao fim de 2022, o diagnóstico sobre o elenco santista era de um time desequilibrado em quase todos os setores. Com 2023 também perto do fim, o diagnóstico segue igual, mesmo com 20 reforços contratados no ano.

Um exemplo são as laterais, em que quatro atletas da posição chegaram à Vila Belmiro, mas o Santos teve, na derrota de 3 a 0 contra o Athletico-PR, os atacantes Lucas Braga e Stiven Mendoza improvisados nas funções. 

Ao todo, chegaram Vladimir (goleiro), Júnior Caiçara (lateral-direito), João Lucas (lateral-direito), Gabriel Inocêncio (lateral-direito), João Basso (zagueiro), Joaquim (zagueiro), Messias (zagueiro), Dodô (lateral-esquerdo), Alison (volante), Tomás Rincón (volante), Luan Dias (meia), Nonato (meia), Dodi (meia), Jean Lucas (meia), Lucas Lima (meia), Daniel Ruiz (meia), Mendoza (atacante), Bruno Mezenga (atacante), Julio Furch (atacante) e Maximiliano Silvera (atacante).

Troca de treinadores

Pesaram também no trágico ano santista as constantes mudanças no banco de reservas. Comandaram o time Odair Hellmann, Paulo Turra, Diego Aguirre e, por fim, o auxiliar Marcelo Fernandes, efetivado até o fim de 2023. Por mais que os profissionais tenham características parecidas, as trocas não refletiram bem nos jogadores. 

Isso porque não é só o técnico que muda, são as comissões, os treinos, a dieta e as demais atividades que envolvem o dia a dia do clube. Além disso, a relação com os atletas muda de profissional para profissional.

Enquanto Turra "chacoalhou o vestiário", afastando Soteldo e impondo mais rigidez nos bastidores, Marcelo Fernandes chegou como o "paizão", abraçando os jogadores. 

Gestão decepcionante

Não é possível falar sobre a crise do Santos sem mencionar o presidente Andrés Rueda. O mandatário foi eleito com promessas de cortes de gastos, o que até foi visto em 2021 e 2022, mas completamente descartado em 2023, especialmente com o risco cada vez maior de rebaixamento e a necessidade de qualificar um elenco frágil. 

Além disso, a gestão Rueda foi a responsável pelas constantes trocas de treinadores e pela montagem defeituosa do time. Um exemplo foi com Paulo Turra, que recebeu total autonomia para contratar jogadores no meio do ano e foi demitido logo após o fechamento da janela. 

O jogo da vida

Apesar de todos os erros cometidos ao longo do ano, o Santos chega à última rodada do Campeonato Brasileiro dependendo apenas de si. Basta uma vitória diante do Fortaleza, na Vila Belmiro, na próxima quarta-feira (6), às 21h30 (de Brasília), para que o Peixe escape do rebaixamento. 

Em caso de derrota ou empate, o Santos tem que torcer por derrotas de Vasco e Bahia, que enfrentam RB Bragantino e Atlético-MG, respectivamente. Isso porque os três times têm o mesmo número de vitórias, mas o Peixe tem o pior saldo de gols disparadamente, com -25 gols. 

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